Sou idosa e tenho minhas preocupações...
Estou vivinha e tenho uma saúde relativamente boa. Adoro ver novidades e me interesso por muitas coisas, conhecer pessoas, conversar com elas, fazer amizades. Gosto de conhecer novos lugares e viajar.
Parece tudo perfeito, não é? Não, não é.
Tenho meus momentos de fraquezas, ansiedade, sentimento de inutilidade num mundo veloz, parecer estar “fora do tempo” na opinião de alguns jovens... me sentir mais vulnerável por não ter o vigor de antes. Noto que meu espaço para interferir nas coisas que acontecem por aí está reduzindo cada vez mais. Aí, dou de ombros e penso, deixe que os outros se virem.
Tenho meus momentos de fraquezas, ansiedade, sentimento de inutilidade num mundo veloz, parecer estar “fora do tempo” na opinião de alguns jovens... me sentir mais vulnerável por não ter o vigor de antes. Noto que meu espaço para interferir nas coisas que acontecem por aí está reduzindo cada vez mais. Aí, dou de ombros e penso, deixe que os outros se virem.
Algumas vezes, sinto até certa desatenção dos jovens em relação às opiniões que manifesto.
Mas, também tenho momentos em que percebo o olhar carinhoso dos jovens, quando converso alegremente com eles. Uma forma de reconhecer a disposição de vida de quem já viveu bastante.
Não devo ser a única pessoa com bastante vivência que passa por isto.
Na maioria das vezes, encaro tudo como desafio... sempre fui assim... isto me ajudou a chegar até aqui.
Novo desafio foi entrar no Circuito da Maior Idade. Uma amiga me avisou, fui atrás e compareci a um dos encontros do grupo, que se realizava no espaço do Instituto Butantan.
Na maioria das vezes, encaro tudo como desafio... sempre fui assim... isto me ajudou a chegar até aqui.
Novo desafio foi entrar no Circuito da Maior Idade. Uma amiga me avisou, fui atrás e compareci a um dos encontros do grupo, que se realizava no espaço do Instituto Butantan.
Não recordo do dia exato. Fui conhecendo o grupo. Fiquei observando as pessoas. E nunca mais me afastei, apenas temporariamente por questões particulares.
A facilitadora do grupo, muito simpática e acolhedora, explicava as atividades que teríamos.
Foram aparecendo os módulos em várias áreas, teatro, Yoga, alongamento, questões de saúde, oficina da sabedoria, gravação para programa de rádio, sessões de cinema, iniciação em arte, etc.
Éramos postos à prova, enfrentávamos situações novas, desafiávamos nossos limites.
Ao fim das atividades, éramos provocadas a fazer nossas observações sobre o que sentíamos a respeito. Eram formas sutis para nos desvendarmos perante o grupo, o que fortaleceu um entendimento melhor de nossas fraquezas e descobrir nova força interior.
Enquanto o grupo se envolvia com as atividades, íamos criando maior entrosamento entre nós. Novas pessoas chegavam, outras se afastavam, por necessidades diversas. Mas o grupo prosseguiu...
Assim se passou um ano e meio, o que valeu como grande aprendizado para nós.
Criamos nosso “blog”, trabalho conjunto nosso direcionado para o mundo...
O que isto significa? Muito!
Estamos nos assumindo como grupo de Maior Idade perante outros!
Demonstramos nossa força de grupo, que se apoia um no outro.
A conclusão a que chego agora é a seguinte: todas as atividades que tivemos no Circuito da Maior Idade seguiram uma metodologia rara.
As atividades eram trazidas sempre ao mesmo grupo, que permanecia junto.
Isto representa o grande diferencial, a formação do “grupo da Maior Idade do Butantan”, com identidade própria, assumindo um compromisso conjunto e com possibilidades de ampliar os horizontes!
Deixamos de ser idosos sozinhos, para sermos idosos em um grupo maravilhoso!
E, assim, estamos transformando nosso sonho solitário em REALIDADE!
Por: Marie Madeleine Hutyra de Paula Lima, participante do grupo
A facilitadora do grupo, muito simpática e acolhedora, explicava as atividades que teríamos.
Foram aparecendo os módulos em várias áreas, teatro, Yoga, alongamento, questões de saúde, oficina da sabedoria, gravação para programa de rádio, sessões de cinema, iniciação em arte, etc.
Éramos postos à prova, enfrentávamos situações novas, desafiávamos nossos limites.
Ao fim das atividades, éramos provocadas a fazer nossas observações sobre o que sentíamos a respeito. Eram formas sutis para nos desvendarmos perante o grupo, o que fortaleceu um entendimento melhor de nossas fraquezas e descobrir nova força interior.
Enquanto o grupo se envolvia com as atividades, íamos criando maior entrosamento entre nós. Novas pessoas chegavam, outras se afastavam, por necessidades diversas. Mas o grupo prosseguiu...
Assim se passou um ano e meio, o que valeu como grande aprendizado para nós.
Criamos nosso “blog”, trabalho conjunto nosso direcionado para o mundo...
O que isto significa? Muito!
Estamos nos assumindo como grupo de Maior Idade perante outros!
Demonstramos nossa força de grupo, que se apoia um no outro.
A conclusão a que chego agora é a seguinte: todas as atividades que tivemos no Circuito da Maior Idade seguiram uma metodologia rara.
As atividades eram trazidas sempre ao mesmo grupo, que permanecia junto.
Isto representa o grande diferencial, a formação do “grupo da Maior Idade do Butantan”, com identidade própria, assumindo um compromisso conjunto e com possibilidades de ampliar os horizontes!
Deixamos de ser idosos sozinhos, para sermos idosos em um grupo maravilhoso!
E, assim, estamos transformando nosso sonho solitário em REALIDADE!
Por: Marie Madeleine Hutyra de Paula Lima, participante do grupo
Que texto maravilhoso! Porta-voz perfeito do que ocorre comigo também. Madeleine conseguiu fazer um resumo quase impossível de tudo o que ocorreu conosco, para nós e entre nós neste ano e meio.
ResponderExcluirRealmente somos agora "um grupo com identidade própria, assumindo um compromisso conjunto e com possibilidade de ampliar os horizontes!"
Obrigada, Mércia por seu comentário carinhoso ... estamos juntas nesta nova tarefa, espero que por muito tempo.
ExcluirEspero por suas novas inserções no blog ...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirLindo texto!!!!!
ResponderExcluirEu que trabalho com "Jovens há mais tempo", me interesso muito por depoimentos como esse, para poder aprimorara o meu trabalho e poder passar as pessoas a importância de usar com atenção cada momento da vida, e saber ouvir aqueles que tem lindas históris para contar, como sei que você (Se me permite chamá-la assim) com certeza tem!
Um grande abraço
Sil Cavalcante
Sil Cavalcante, sua visita ao nosso blog me deixou bem contente... "você" é o tratamento que mais me agrada, aproxima mais. E lhe agradeço muito por seus simpáticos comentários...gostaria de conhecer mais sobre seu trabalho com "Jovens há mais tempo". Espero por mais visitas suas. abração
ExcluirMadeleine,
ExcluirOlá!!!! Mil desculpas pela demora de resposta!
Será um prazer apresentar meu trabalho a você e tenho certeza poderemos nos ajudar muito.
Vamos marcar um café?
Adorei seu texto. Muito verdadeiro. Com palavras suaves resume com maestria a importância da convivência e do "pertencer"!
ResponderExcluirBjs querida amiga/irmã.
Que bom, você, Hyone, visitou nosso blog !! Obrigada por suas carinhosas palavras. bjs querida amiga/irmã.
ExcluirQue bom,Hyone, você visitou nosso blog !!
ExcluirObrigada por suas carinhosas palavras.
bjs querida amiga/irmã, Madeleine Hutyra