Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá "
É assim que tenho me sentido ultimamente. E não se trata somente da situação lamentável em que se encontra o brasileiro comum, aquele que trabalha para viver ou vive para trabalhar, diante do pouco caso “só olho o meu umbigo, os outros que danem” dos governantes deste desastre atual que poderia ser o El Dorado e está sendo destroçado pela vileza, safadeza e egoísmo da classe governante.
Não. Não é só por isso que tenho me sentido assim. É por olhar para minha própria vida vivida e em como vivo.
São sentimentos que se alojam dentro do coração. A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá.
Porém, ai, porém, essa roda-viva não é de todo má. Ela me carregou para o encontro de pessoas que de alguma forma são farinhas do mesmo saco que eu. Pessoas que se respeitam, consideram e se importam umas com as outras, acima de qualquer credo político ou religioso. E transpiram bom-humor e alegria. Alegria é sinônimo de Amor.
Brincamos, jogamos, aprendemos, pesquisamos, passeamos, nos abraçamos, e o tempo que passamos juntos faz sua magia.
Então a gente volta desses encontros com uma sensação boa apenas pelo fato de existirmos e com a certeza consoladora de que estamos vivendo numa “orgulhosa idade”.
"Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração.”
Por: Mércia Tolendal, participante do grupo
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