Seguia um tanto apressada quando o celular tocou e ao pegá-lo na bolsa, o mesmo parou de tocar. Verifiquei a chamada. Era desconhecido e mesmo assim, dei retorno desligando em seguida.
O semáforo estava aberto para pedestre, atravessei. Peguei a condução, cheguei rápido ao meu destino. Logo ao chegar, fico na fila para pagar as contas, olho mais uma vez no celular e além de uma outra chamada identificada, havia também mais uma do desconhecido.
Retorno para a identificada e logo sou informado que uma pessoa chamada Roberto Stein, havia me procurado na loja e pedido o número do meu celular, alegando que havia perdido os contatos e estava com um novo celular, embora só lembrava dos últimos algarismo: 71 do meu número. Para ser sincera, fiquei surpresa, quando ela disse que ele havia me procurado.
Ela bem sabe que não atendo à números desconhecidos, por isso que me ligou avisando do novo número do meu fã. Comuniquei que logo estaria chegando na casa do artesão, hoje seria encontro da colcha de retalhos com artes.
Quando chego na loja, fico meio agitada, meio eufórica e mais ainda, quando ela disse que ele agora já sabia do whatsapp. O meu foco foi só nisso. Não conseguia me concentrar nas atividades do grupo. O celular me deixava alerta a cada sinal de mensagem. Eram dele, numa delas dizia: "Quando você sair, vai me ver, kkkk."
Final de expediente tudo guardado, é hora de irmos embora.
Saí da loja, ainda estava no jardim quando o avistei, meu impulso foi sair para a calçada e abraçá-lo.
Meu fã reapareceu na casa do artesão, lindo... De cabelos grisalhos, vestia um casaco de couro na cor preta, estava numa moto Honda com placa de Blumenau. Logo minhas amigas passam por nós e uma delas justificou-se para ele, que não mentiu, pois não sabia que eu estaria na loja para o encontro da colcha de retalhos. Deram tchau e foram embora.
Ele me olha e eu sorri. Falou que me procurou no mercado, na igreja, no caminho de casa e não me encontrou. Num desses domingos, veio passear com um dos filhos na tradicional feira das artes e parou numa das lojas próxima à casa do artesão e me viu na porta. Disse também que seus filhos estão de férias e irão ficar mais uns dias depois irá leva-los até o Rio Grande Sul.
Estamos na estação do inverno, ao cair da tarde, a temperatura fica mais fria, como ele estava com um só capacete, resolvo ir embora. Me despeço sem delongas, vou embora sem olhar para trás.
Por: Ironilda Soares, participante do grupo
Ironilda, adorei a descrição, as pausas, o tempo. <3
ResponderExcluirIronilda, achei muito deliciosa sua descrição do "O Reencontro"; senti muita poesia no ar ...
ResponderExcluirEspero poder ler logo seus próximos escritos !!!
Madeleine Hutyra de Paula Lima