Viva os cabelos brancos!

Considerações sobre estudo de David Bloom, economista e professor de demografia na escola de saúde pública da Universidade de Harvard. 

Segundo o Bloom, as projeções apontam para um envelhecimento da população mundial bastante acelerado. Estima-se que até 2050 seremos 3,4 bilhões de idosos num cenário de queda de fertilidade. Segundo esse estudo, no Brasil, em 2050, o número de pessoas acima de 60 anos será correspondente à população atual da França, cerca de 70 milhões. Com isso, já podemos começar a pensar numa forma de não nos tornarmos um peso para as novas gerações. Como faremos isso? Concordo com o professor em sua afirmação: ”a ideia de envelhecimento deixará de ser associada ao acréscimo de anos de vida e passará a significar mais vida aos anos”.

Então, podemos pensar assim: a primeira mudança é acabar com o estigma da impossibilidade funcional e mental do idoso.Temos que nos olhar e acreditar em nós. Desse nosso novo olhar depende a transformação do olhar do outro sobre nós. Mesmo porque as mudanças são inevitáveis. Nosso caminhar torna-se mais lento, os cabelos branqueiam, ao nos deparar com novos conhecimentos, principalmente os midiáticos e tecnológicos, já não temos a agilidade de outrora. Nada disso pode ser um obstáculo que nos impeça de agir.

Agora, mais livres de responsabilidades com os outros e com a profissão, vamos pensar mais livremente no que gostamos de fazer e o que realmente importa para a nossa vida. Isso não significa deixar de conviver qualitativamente com a sociedade e com a nossa família, sob o risco de nos tornar uns zumbis longevos.

As possibilidades de ação são muitas, mas aqui vão algumas dicas:

Que tal nos dedicar àquela jardinagem que gostaríamos de fazer e à arte da culinária?

Vamos dançar, cantar, ler, voltar a estudar, aprender um novo idioma.

Tudo isso nos faz muito bem. Enfim, vamos nos dedicar aos nossos desejos. Mais maduros e seguros, vamos nos empenhar e tornar o mundo melhor para se viver. E, ainda, você pode participar do Circuito Maior Idade núcleo Butantan, fica o convite!


Por: Dulce Mateus, participante do grupo