sábado, 1 de julho de 2017

Visitamos a reserva do MAE




O grupo do Circuito Butantan de Maior Idade visitou em junho o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. O museu, que fica na Cidade Universitária, ocupa um espaço exíguo e não exibe ao público uma grande parte do seu acervo. Porém, durante a visita, organizada pelo Centro de Difusão Cultural do Instituto Butantan, os participantes foram premiados com a abertura da reserva técnica. São exemplares incríveis de arte indígena brasileira do período iniciado em 300 DC. Peças altamente elaboradas e ornamentadas como vasilhas, urnas funerárias, estatuetas, ferramentas, miniaturas e até mesmo tapas-sexo. O acervo é de várias partes da Amazônia, mas principalmente da ilha de Marajó. 

As atividades do Circuito Butantan da Maior Idade se baseiam em algo mais do que o aprendizado cultural. Há a parte humana da acolhida dos funcionários que nos enchem de alegria. A nossa colega Maria Theresa Serrano descreveu assim a visita.
“O pessoal do museu foi muito gentil conosco. Eles nos deram as explicações numa sala anterior, passando por nossas mãos pontas de flechas, pedras de machado, cestos, etc. Aí mostraram a diferença entre arqueologia (estudo das civilizações passadas) e etnologia (estudo das civilizações presentes). Em seguida, entramos no museu e nos mostraram a função de cada objeto. Vimos também uma linda exposição de bordados das próprias funcionárias. Eles demonstraram prazer pela nossa presença, um prazer natural, nada obrigatório. Eu amei o passeio.”



2 comentários:

  1. Da Cira Cohenca: Vendo essa lindas obras marajoaras e tapajônicas do referido museu do MAE (urnas funerárias que datam de 480 AC a 200 DC)nos emociona imaginar o grau de evolução desses povos.São peças extremamente bem elaboradas, com relevos utilizando os diferentes tons de argila. Mas o que me decepcionou foi a falta de espaço físico do museu para a exposição de objetos tão valiosos. O público não tem acesso à toda a arte contida no museu. Esse museu de arqueologia (e outros) deve ir para o prédio que está sendo construído na Praça dos Museus da USP. A perspectiva era terminá-lo em 2015. Mas as obras, infelizmente, estão paradas.
    Cira

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  2. A visita foi maravilhosa e a acolhida também. Entrar em contato com esses objetos nos remete a outros tempos e outras culturas, nos fazendo perceber o quanto somos semelhantes e diferentes em nossa humanidade. Concordo com a Cira, tal acervo merece um local mais adequado e o público merece ter acesso a essa arte.

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