O grupo do Circuito Butantan de Maior Idade visitou em
junho o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. O museu, que fica na Cidade
Universitária, ocupa um espaço exíguo e não exibe ao público uma grande parte
do seu acervo. Porém, durante a visita, organizada pelo Centro de Difusão
Cultural do Instituto Butantan, os participantes foram premiados com a abertura
da reserva técnica. São exemplares incríveis de arte indígena brasileira do
período iniciado em 300 DC. Peças altamente elaboradas e ornamentadas como vasilhas,
urnas funerárias, estatuetas, ferramentas, miniaturas e até mesmo tapas-sexo. O
acervo é de várias partes da Amazônia, mas principalmente da ilha de
Marajó.
As atividades do Circuito Butantan da Maior Idade se
baseiam em algo mais do que o aprendizado cultural. Há a parte humana da
acolhida dos funcionários que nos enchem de alegria. A nossa colega Maria Theresa Serrano descreveu assim a
visita.
“O pessoal do museu
foi muito gentil conosco. Eles nos deram as explicações numa sala anterior,
passando por nossas mãos pontas de flechas, pedras de machado, cestos, etc. Aí
mostraram a diferença entre arqueologia (estudo das civilizações passadas) e
etnologia (estudo das civilizações presentes). Em seguida, entramos no museu e
nos mostraram a função de cada objeto. Vimos também uma linda exposição de bordados
das próprias funcionárias. Eles demonstraram prazer pela nossa presença, um
prazer natural, nada obrigatório. Eu amei o passeio.”
Da Cira Cohenca: Vendo essa lindas obras marajoaras e tapajônicas do referido museu do MAE (urnas funerárias que datam de 480 AC a 200 DC)nos emociona imaginar o grau de evolução desses povos.São peças extremamente bem elaboradas, com relevos utilizando os diferentes tons de argila. Mas o que me decepcionou foi a falta de espaço físico do museu para a exposição de objetos tão valiosos. O público não tem acesso à toda a arte contida no museu. Esse museu de arqueologia (e outros) deve ir para o prédio que está sendo construído na Praça dos Museus da USP. A perspectiva era terminá-lo em 2015. Mas as obras, infelizmente, estão paradas.
ResponderExcluirCira
A visita foi maravilhosa e a acolhida também. Entrar em contato com esses objetos nos remete a outros tempos e outras culturas, nos fazendo perceber o quanto somos semelhantes e diferentes em nossa humanidade. Concordo com a Cira, tal acervo merece um local mais adequado e o público merece ter acesso a essa arte.
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